Don Batten
O argumento com base na probabilidade de que a vida não pode haver derivado de processos naturais, mas teve de ser criada é, às vezes, reconhecido pelos evolucionistas como um argumento forte. A probabilidade da formação casual da menor célula hipotética “simples”, desde que todos os elementos necessários estejam presentes é reconhecidamente3 pior que 1 em 1057.800. Ou seja, uma chance em um número com 57.800 zeros, o qual, se fosse escrito, ocuparia 11 páginas inteiras desta revista [38 páginas e meia deste livro]. Para pôr em perspectiva, há cerca de 1080 (um número com 80 zeros) elétrons no Universo. Mesmo se cada um desses elétrons fosse um outro Universo do mesmo tamanho que o nosso, isso somaria “apenas” 10160 elétrons.
São números que desafiam a nossa percepção de dimensão. Fred Hoyle, matemático e astrônomo britânico, recorreu a analogias para tentar comunicar a imensidão do problema. Ele disse, por exemplo, que a possibilidade de a formação fortuita de apenas uma das muitas proteínas essenciais à vida, é comparável à de uma multidão de cegos numerosa o bastante para lotar o Sistema Solar, manejando aleatoriamente Cubos Rubik*, chegar à mesma solução ao mesmo tempo.1 E estamos falando de apenas uma das 400 proteínas da menor célula hipotética proposta pelos evolucionistas (as bactérias ‘simples’ do mundo real possuem cerca de duas mil proteínas e são incrivelmente complexas). Como Hoyle salienta, o programa da célula, codificado no DNA, também é necessário. Em outras palavras, a vida não pode ter sido formada por processos naturais (aleatórios) (*N.T. Um quebra-cabeça que consiste de um cubo com facetas coloridas, formadas por 26 blocos menores presos a um eixo central. O objetivo é girar os blocos até que cada face do cubo seja de uma única cor; cubo húngaro.)
O argumento dos criacionistas é que, não apenas a complexidade da vida, mas a organização que nela reina desafia uma explicação natural. A ordem nas proteínas e no DNA das coisas vivas independe das propriedades dos químicos que os constituem - ao contrário do que acontece com um cristal de gelo, cuja estrutura resulta das propriedades da molécula de água. A formação nas coisas vivas corresponde a um livro, cuja conteúdo não está na tinta nem nas letras, mas na complexa combinação de caracteres que formam palavras, que dão origem a parágrafos que se unem para constituir capítulos e capítulos que formam os livros. Esses componentes da linguagem escrita respectivamente correspondem às bases do ácido nucléico, ao código genético, aos genes, aos operons, aos cromossomos e aos genomas, os quais constituem os programas genéticos das células vivas. A ordem nas coisas vivas mostra que estas são o produto da inteligência.
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