10 Datação radiométrica

Datação radiométrica é um método que os cientistas usam para determinar a idade das coisas. A técnica mais conhecida utilizada nesse processo, que tem por base o carbono 14, funciona assim: O carbono 14 é um isótopo do carbono 12, a forma mais comum de carbono. (Um isótopo é uma variedade do átomo de um elemento, com mais ou menos nêutrons que o átomo normal.) O carbono 12 possui seis prótons e seis nêutrons no seu núcleo e, por isso, peso atômico igual a 12. A partícula de um átomo que determina sua característica é o número de elétrons em órbita em volta do seu núcleo. No caso do carbono, são seis.
Nas camadas mais elevadas da atmosfera, os raios do Sol forçam os nêutrons para fora do núcleo dos átomos, os quais se unem a outros átomos nas camadas mais baixas da atmosfera. Como o nitrogênio responde por cerca de 78% da atmosfera, seus átomos são os mais facilmente encontrados por esses núcleos de carbono. Um átomo de nitrogênio possui sete prótons e sete nêutrons no seu núcleo, ao redor do qual se movem sete elétrons. Os nêutrons arrancados dos núcleos de carbono colidem com átomos de nitrogênio 14 a altitudes mais baixas, deslocando um dos prótons do átomo e convertendo-o em carbono 14. Porque o carbono 14 é um isótopo instável, sofrerá perda radioa¬tiva e voltará a ser nitrogênio. Essa perda que transforma o carbono 14 em nitrogênio 14 é mensurável.
A medida padrão da desintegração radioativa é chamada meia-vida e corresponde ao tempo necessário para que a massa de uma substância se reduza pela metade (de um grama para meio grama, por exemplo). A meia-vida do carbono 14 é 5.730 anos (mais ou menos 40 anos). Para medir a idade das coisas, os cientistas supõem que a razão do carbono 12 para o carbono 14 na atmosfera se manteve constante ao longo do tempo.
Tanto o carbono 12 quanto o carbono 14 são absorvidos pelos seres vivos (animais e plantas), na forma de dióxido de carbono. A morte faz cessar a absorção de carbono e a massa radioativa do carbono 14 do animal ou planta morta começa imediatamente a se degradar, reverter a nitrogênio e escapar como gás. O carbono 12, ao contrário, não se degrada, o que possibilita que a relação da quantidade de carbono 14 em relação à quantidade de carbono 12 em uma amostra morta seja medida, permitindo assim uma estimativa bem próxima do tempo decorrido desde o momento da morte.
Teoricamente isso é bom, mas o problema reside na suposição original de que a razão entre o carbono 12 e o carbono 14 na atmosfera tenha sido constante, o que não é fato. Lembre-se que o carbono 14 não deriva do carbono 12, mas do nitrogênio na atmosfera. Com o advento da Revolução Industrial e a queima de combustíveis fósseis, tem sido 
injetada uma quantidade muito maior de carbono 12 na atmosfera sem que haja um crescimento proporcional nos níveis de nitrogênio transformado em carbono 14. Apesar dos testes nucleares realizados acima da superfície terem causado uma descarga maior de carbono 14 na atmosfera, não foram suficientes para compensar a diferença.
Descobriu-se também que as plantas discriminam o dióxido de carbono contendo átomos de carbono 14, fazendo com que a taxa de absorção deste seja inferior à do carbono 12 normal, e que o índice de formação de carbono 14 na atmosfera tem flutuado em função do enfraquecimento do campo magnético da Terra. E, por fim, o Dilúvio fez uma diferença tremenda, pois uma grande quantidade de carbono, na forma de vida animal e vegetal, foi retirada da biosfera e enterrada sob os sedimentos resultantes do recuo das águas.
O saldo dessas condições é que os espécimes antigos acusarão uma idade muito superior à real.
Além disso, o limite da datação pelo carbono 14 gira em torno de 50 mil anos, a partir do que não haveria níveis de carbono 14 detectáveis em uma amostra. Portanto, a técnica é inútil para a datação de fósseis que, presume-se, tenham milhões de anos.
As outras formas de datação radiométrica estão ainda mais sujeitas a erros.

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Um comentário:

  1. O criacionista, que escreveu este artigo não faz uma pequena ideia do que é a datação radiométrica, quando refere que as outras formas de datação estão mais sujeitas a erro.
    A verdade é só uma: Não há nenhuma forma de datação que dê como resultado a idade do Planeta Terra que os Criacionistas lhe querem atribuir.
    Isso é que lhes custa. Por isso, toca a arranjar defeitos ao que a ciência já conseguiu determinar, que é muito.
    Além disso, a lenga-lenga do artigo escrito nem sequer corresponde à realidade.

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